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Foto da primeira reunião geral do projeto Laboratório de políticas públicas participativas em 02/03 mar 15

Impressões iniciais sobre o Projeto Política Nacional de Acervos Digitais: questões pertinentes ao processo de corporificação do objeto temático

Por Otacilio Carlos Borges da Silva. Em 09/03/15 16:23. Atualizada em 12/03/15 18:39.

Relata impressões, sensações e a base da discussão da I Reunião de Planejamento do projeto Acervos Digitais - parceria com o Ministério da Cultura

Inteligência coletiva, capital social, usuários e formas de acesso, metadados e indexação, plataformas e formatos, autenticação, acesso livre e cultura digital são alguns dos muitos temas apresentados e discutidos em nossa primeira reunião geral do projeto Política Nacional de Acervos Digitais. Num ambiente imersivo buscou-se definir nosso objetivo geral alinhando o conceitual de todas as pesquisas específicas ao projeto geral. Muitas perguntas e dúvidas pairavam no ar devido à transversalidade dos participantes e a especificidade de suas áreas de origem, mas as duas grandes perguntas eram:
• “Como e para que criar mais um repositório digital?”
• “Qual seria o diferencial deste repositório que justificaria sua criação?”
A criação de um repositório digital de acervos culturais que proporcione o acesso livre a todos os interessados nesta temática e possibilitasse a interação entre estes, possibilitando assim popularização e disseminação destes conteúdos para nós, brasileiros, não excluindo a divulgação de nossas produções culturais mundialmente.
Ambicioso... esta palavra define este projeto. Por um lado temos um número quase incalculável de associações culturais, ONG's e outras instituições preocupadas em resgatar e documentar aspectos de nossa cultura poucos conhecidos e muitos em desaparecimento diante dos
impactos transformadores dos avanços tecnológicos atuais, por outro, temos o desconhecimento quase absoluto destas iniciativas espalhadas pelo nosso território brasileiro e a falta de tempo e interesse das camadas mais jovens da sociedade em acessar estas informações na era do Whatsapp.
Como futuro profissional da Biblioteconomia focando interesses na disseminação da cultura e entendendo que hoje as interações sociais se dão majoritariamente através das redes sociais e que é necessário se ajustar aos novos paradigmas contemporâneos de circulação das informações e na necessidade dos profissionais da Ciência da Informação se adequarem as possibilidades do acesso aberto e irrestrito a todas áreas do conhecimento humano, torço para o sucesso deste projeto e fico satisfeito em ver as múltiplas competências de todos os participantes e seu interesse em tema tão importante para o desenvolvimento de novas possibilidades de preservação de nossa cultura.
Não posso deixar de citar uma das cinco leis da Ranganathan que demonstrando seu olhar visionário ainda no começo do século passado já dizia que “uma biblioteca é um organismo em movimento”. Queremos fazer este movimento. Não temos as todas respostas e muitas perguntas vão surgir, este é apenas o começo do processo...

Categorias: acervos